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LIÇÃO 13 – O TEMPO DA PROFECIA DE DANIEL - 4º TRIMESTRE 2014 (IEAD/PE)

Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
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LIÇÃO 13 – O TEMPO DA PROFECIA DE DANIEL - 4º TRIMESTRE 2014
(Dn 12.1-4; 7-9,11-13)
INTRODUÇÃO
Em Daniel, capítulos 10-12, o profeta recebe a revelação dos últimos acontecimentos com a nação de Israel. A
nação escolhida fará um acordo de paz por sete anos com o Anticristo - o chifre pequeno (Dn 7.8). Na metade do tempo
proposto, o Anticristo desencadeará uma grande perseguição contra o povo judeu. Todavia, Deus protegerá os fiéis. Nesta
lição destacaremos o cuidado divino com o Israel fiel durante esse período turbulento; veremos informações sobre a
Grande Tribulação; e, ainda pontuaremos como se dará a conversão dos judeus durante a angústia de Jacó.
I – O CUIDADO DIVINO COM ISRAEL DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO
“As profecias de Daniel até 11.35 podem ser com relativa facilidade relacionadas a acontecimentos da história
antiga, os quais lhes deram cumprimento, mas, a partir daí até o final do capítulo 12, não encontramos qualquer
correspondência com a história passada, pois dizem respeito a eventos que ainda estão porvir” (GILBERTO, 2010, p. 62 –
acréscimo nosso). O capítulo 12 do livro de Daniel inicia mostrando que Deus dará proteção ao remanescente judeu:
1.1 Proteção espiritual (Dn 12.1). Deus protegerá o seu povo remanescente através do arcanjo Miguel no período
sombrio da Grande Tribulação. “Este ser angelical é citado nas Escrituras como um anjo guerreiro; seu nome significa:
“Quem é semelhante a Deus?”. Ele é sempre citado em conexão com a guerra (Dn 10.13,21; 12.1; Ap 12.7). Em Dn
10.13,21, ele é apontado como o anjo guardião da nação de Israel (Dn 12.1). Miguel é o chefe, o comandante, o capitão
dos exércitos celestes, em oposição as hostes espirituais das trevas. A expressão o “Arcanjo” designa algum altíssimo
poder angelical, dotado de autoridade sobre larga área, celestial ou terrena; “arcanjo” ou “arca”, como já ficou
demonstrado, sugere um “anjo comandante”, principal e poderoso” (SILVA, 1986, p. 195 – grifo nosso). “Miguel não só
aparece num momento especifico, mas há um tempo em que ele será ativo, um período que coincidirá com a época do
Anticristo (Dn 11.45). Miguel também se levantará quando o Anticristo começar sua carreira (Dn 11.36), ou, mais
provavelmente, no meio da carreira do Anticristo, quando ele volta sua atenção para a terra gloriosa (Dn 11.41). Ele está
pronto para lutar, pois é um momento crítico para Israel. O agente de Satanás, o Anticristo, está prestes a desatar o mais
horrendo genocídio jamais experimentado na história da humanidade” (TOKUNBOH, 2010, p. 1038 – grifo nosso).
1.2 Proteção física (Dn 11.41). Tanto o profeta Daniel como João o escritor do livro do Apocalipse nos mostram que,
durante o tempo da Grande Tribulação haverá uma área demarcada por Deus, diante da face do destruidor, que ele não
terá acesso. Esta área servirá de “refúgio” para o seu povo: o remanescente. “Tanto no Antigo como no Novo Testamento,
esse lugar de “refúgio” tem vários nomes: (a) O lugar preparado por Deus (Ap 12.6); (b) O refúgio (Is 16.4); (c) O quarto
(Is 26.20); e, (d) O isolamento (SI 55.5-8). Na simbologia profética, isso significa “o deserto dos povos” (Ez 20.35). Será,
sem dúvida, o que está depreendido do presente texto: “Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom”. Esses
países serão os únicos a escaparem da influência do Anticristo. Essa região será demarcada por Deus naqueles dias
sombrios da Grande Tribulação e servirá de “refúgio perante a face do destruidor” (Is 16.4). O monte Sião será também
demarcado (Ob v.17; Ap 14.1). Todos esses lugares acima mencionados se transformarão no “deserto de Deus”,
preparado para a “mulher” (o Israel Fiel) durante a época da Grande Angústia (Sl 60.8-12; Is 16.4; 26.20; 64.10; Jr 32.2;
40.11; Ez 20.35; Dn 11.41; Os 2.14; Mt 24.36; Ap 12.6,13-17) (SILVA, 1986, pp. 222,223 – acréscimo e grifo nosso).
II – QUANDO E COMO SERÁ A GRANDE TRIBULAÇÃO
A Bíblia nos diz que o Anticristo aparecerá logo após o Arrebatamento da Igreja (II Ts 2.6). Ele proporá a
algumas nações e a Israel um pacto de sete anos “E ele firmará aliança com muitos por uma semana” (Dn 9.24-a).
Todavia, após o término da primeira fase do seu governo (três anos e meio), o Anticristo irá se voltar contra Israel,
rompendo a aliança de paz que havia feito com os judeus por sete anos e desencadeará uma grande perseguição contra
este povo e sua religião “e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações
virá o assolador, e isso até à consumação [...]” (Dn 9.27-b; cf. Dn 7.25).
2.1 A grande tribulação (Dn 12.1-b). É a “provação a que sera submetida a descendência de Israel durante a Grande
Tribulação. A expressão usada pelo profeta Jeremias nos dá uma ideia desse momento difícil: “Ah! porque aquele dia e
tão grande, que não houve outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; todavia, há de ser livre dela” (Jr 30.7).
Angústia fala de um aperto sem referências, quer na história sagrada, quer na história secular do povo de Deus. É o
sofrimento dos sofrimentos! (ANDRADE, sd, p. 21 – acréscimo e grifo nosso). Em Marcos 13.19, Jesus acrescenta ainda
mais informações. Eis algumas informações sobre este período de tentação que há de vir: (a) durará três anos e meio
(Dn 7.25; Dn 12.1,7; Ap 11.2; 13.5,6); (b) será um tempo de angústia incomparável (Jr 30.7; Dn 12.1; Mc 3.19; Lc
21.25 ) e, (c) alcançará Israel e o mundo gentio (Dn 7.24,25; Ap 3.10).
2.2 Haverá salvação durante este período (Dn 12.1-c). É importante destacar que durante o período sombrio da Grande
Tribulação “muitos judeus e gentios aceitarão a Cristo no período posterior ao Arrebatamento da Igreja, mas serão
martirizados. Em Apocalipse 7.1-8, o apóstolo João foi informado de que 144.000 israelitas, 12.000 de cada uma das
tribos enumeradas, seriam selados por Deus no decorrer da Grande Tribulação. Em Apocalipse 14.1, eles aparecem sobre
o monte Sião. Em Apocalipse 7.9-17, muitos serão martirizados, crentes de todos os países e raças. Estes aparecem
triunfantes, nos céus. Eles serão mortos na Terra, durante a Grande Tribulação, pelo ditador mundial, que exigirá que
todos o adorem sob pena de morte (Ap 13.15)” (WALWOORD, 2002, p. 240 – grifo nosso).
III – A CONVERSÃO DE TODO ISRAEL NO PERÍODO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Alguns teólogos afirmam que Deus rejeitou para sempre a nação de Israel, que a mesma está debaixo de
maldição, e que a Igreja tomou o lugar de Israel no plano e propósito divinos. Consequentemente, essa APLICAÇÃO
ERRÔNEA de termos, significaria que a nação judaica está eternamente separada de Deus. Jamais poderá voltar a gozar
do favor divino. Mas em Romanos caps. 9 a 11, o apóstolo Paulo claramente revela a restauração da nação e que no plano
de Deus o povo judeu ainda será muito abençoado. Israel será por “cabeça das nações e não por cauda” (Dt 28.13).
3.1 Primeira parte (Israel confessa o pecado). “Naqueles dias, os lideres de Israel por fim reconhecerão o motivo de a
tribulação ter vindo sobre eles, o que deverá ocorrer por intermédio do estudo das Escrituras, da pregação dos 144.000,
das palavras das duas testemunhas. Muito provavelmente, será uma combinação de todos estes fatores, mas os líderes, de
alguma forma, dar-se-ão conta do pecado da nação. Embora, no passado, tenham levado a nação a rejeitar o messiado de
Jesus, agora farão com que a nação o aceite. A regeneração da nação, portanto, virá através da confissão nacional. Então,
toda a nação será salva, cumprindo a profecia de Romanos 11.25-27. “Todo o Israel” significa exatamente isto, ou seja,
todo judeu que estiver vivo naquele momento. Será o terço sobrevivente dos judeus que estavam vivos no inicio da
Grande Tribulação (Zc 13.8-9)” (LAHAYE, 2010, pp. 115,116 – acréscimo e grifo nosso). (Cf. Ez 37.11).
3.2 Segunda parte (Israel clama pelo Messias). “O segundo aspecto que conduz a segunda vinda é a súplica de Israel
pela volta do Messias, a fim de salvar a nação dos exércitos do mundo, os quais tencionam destruí-la e encontram-se
reunidos nas cercanias de Bozra. A intercessão dos judeus é abordada em muitas partes das Escrituras. Zacarias 12.10-
13.1 descreve este evento. O rogo pela volta do Messias não ficará restrito aos judeus de Bozra, mas também se estenderá
aos judeus que ainda estiverem em Jerusalém. Eles confessarão o pecado da nação e orarão pelo retorno de Jesus, para
que os salve das aflições daquele momento. Clamarão por aquEle a quem crucificaram. Este será o resultado do derramar
do Espirito Santo (Zc 12.10), da lamentação de Israel pelo Messias (Zc 12.11-14) e da purificação dos pecados da nação
(Zc 13.1)” (LAHAYE, 2010, p. 116). (Cf. 37.9-14).
IV – A SEGUNDA FASE DA SEGUNDA VINDA DE JESUS PARA IMPLANTAR O SEU REINO
A segunda fase da Segunda Vinda de Cristo é conhecida como a “manifestação gloriosa” (veja Tt 2.13), e é
descrita em detalhes em Apocalipse 19.11-20. “A Bíblia nos mostra que finalmente chegará o “grande dia do Senhor” e
a pedra cairá “nos pés” da estátua (nos dias do Anticristo). Então... “o ferro, o barro, o cobre, a prata, e o ouro, serão
esmiuçados como a pragana das eiras, no estio” (Dn 2.34,35; 8.25; 9.27; 11.45; M t 21.44; 2 Rs 2.8; Ap 19.20.) Todos
sabemos que este império de ferro tem atravessado séculos e até milênios, mas “chegará ao seu fim” como está predito
na “Escritura da Verdade”. Cristo (a grande pedra) como sabemos, não cairá na cabeça (Império Babilônico) da estátua,
nem em seu peito (Império Medo-persa), nem no ventre (Império Grego), nem nas suas pernas (Império Romano)
compreendendo de 754 a.C. a 455 d.C. Todos sabemos que, quando Jesus veio a este mundo como meigo Salvador, não
destruiu o Império Romano, pelo contrário, este poder de ferro o crucificou, e prosperou ainda por cinco séculos. Mas,
como já ficou demonstrado acima, chegará o dia em que a pedra cairá “nos pés” da estátua (no Armagedom), e tudo que
diz respeito a esse sistema político mundial terminará no vale de Armagedom pelo triunfo de Cristo (Ap 19.11-21)”
(SILVA, 1986, p. 226 – acréscimo e grifo nosso).
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a nação de Israel pagou um alto preço por ter rejeitado o Jesus, o Messias. Setenta semanas
de anos foram determinadas sobre o povo. Todavia, o povo judeu não foi rejeitado por Deus. Quando o seu povo se sentir
acoado pelo Anticristo e seus exércitos no vale do Armagedom, eles clamarão por livramento e o Cristo a quem eles
haviam crucificado descerá para lhes proporcionar livramento e implantar o Reino Milenial como anunciado pelos santos
profetas.