A PAZ DO SENHOR!

LIÇÃO 07- PODER SOBRE AS DOENÇAS E MORTE - 2° TRIMESTRE 2015(IEAD-PE)

INTRODUÇÃO
Nesta lição destacaremos que o Espírito do Senhor estava sobre Jesus, o Messias, a fim de lhe conceder poder
para a realização de sinais e prodígios em benefício dos pecadores. A profecia de Isaías, lida por Jesus na sinagoga, não se
referia a Isaías, nem ao povo de Israel, esta mensagem apontava diretamente para o Messias e suas atribuições, e ela teve
seu real cumprimento em Jesus, pois nenhum outro homem atende aos pré-requisitos deste vaticínio como Ele.
I – JESUS E O INÍCIO DE SEU MINISTÉRIO
Lucas é o evangelho que foca a ação do Espírito Santo na vida de Jesus. Ele diz que Jesus foi concebido pelo
Espírito Santo (Lc 1.35); quando batizado nas águas o Espírito Santo desceu sobre Jesus (Lc 3.22); pelo Espírito ele foi
conduzido ao deserto (Lc 4.1); ao sair da tentação vencedor, Jesus saiu cheio do Espírito (Lc 4.14); e, acrescentou ainda
que Jesus foi ungido pelo Espírito Santo (Lc 4.16). No presente texto Lucas registra um fato que se cumpriu na vida de
Jesus e que deu início ao seu ministério com curas e prodígios. Jesus vai a sinagoga de Nazaré, onde ele se apresenta
publicamente a nação como o Ungido pelo Espírito de Deus. Convidado pelo maioral da sinagoga a ler as Escrituras,
Jesus se levanta, recebe o rolo e abre-o na passagem desejada. Ele lê a passagem, fecha o rolo, devolve-o ao assistente e
se senta para falar, enquanto todos os olhares permanecem fixos em sua pessoa (Lc 4.16-20). Isaías 61.1-2 fazia parte da
leitura indicada, e Jesus usou essa passagem como texto de seu discurso em que fez três anúncios surpreendentes:
1.1 Jesus, o cumprimento profético do AT (Lc 4.17,21). Após a leitura da Escritura, na sinagora em Nazaré, Jesus
asseverou que aquela profecia estava sendo cumprida nele. O AT contém centenas de referências ao Messias que viria. Por
meio dos profetas, Deus falou a cerca da vinda do Redentor do mundo (Gn 49.10; Nm 24.17; Dt 18.15; Sl 2.7,11; 45.6,7,11;
72.8; Dn 9.24; Ml 3.1). Em Isaías 61.1-2 “as palavras do profeta retratavam a libertação de Israel do exílio na Babilônia
como um Ano Jubileu (ano aceitável), quando todas as dívidas seriam canceladas, todos os escravos libertados, e todas as
propriedades voltariam aos seus donos originais (Lv 25). Mas a libertação do exílio na Babilônia não tinha trazido o
cumprimento que o povo tinha esperado; eles ainda eram um povo dominado e oprimido. Isaías estava profetizando uma
futura era messiânica, uma época em que alguém viria no Espírito do Senhor para fazer coisas maravilhosas”
(APLICAÇÃO PESSOAL, 2010, vol. 01, p. 343). Isaías em especial, intitulado o “profeta messiânico”, foi o profeta que
mais falou acerca do advento do Messias. Abaixo pontuaremos algumas dessas profecias:
PROFECIAS DE ISAÍAS SOBRE O MESSIAS REFERÊNCIAS
Nascimento virginal Is 7.14
Natureza humana e divina Is 9.6
Descendente de Davi e herdeiro do trono Is 11.1,2,10
Seu reino na terra Is 11.3-9
Sua pessoa e caráter Is 42.1-4
Sua unção e ministério Is 61.1-2
Seu sofrimento Is 50.6; 52.13-15
Sua morte vicária Is 53.1-12
Sua ressurreição Is 60.1-7
Sua aparição em glória Is 45.22,23
1.2 Jesus, o Ungido de Deus (Lc 4.18). A palavra portuguesa Cristo é a transliteração do adjetivo verbal grego, christos,
que significa “ungido”. Essa palavra hebraica, por sua vez, traduz o termo hebraico mashiach, que tem o mesmo sentido”
(CHAMPLIN, 2006, p.977). Em Israel, desde os tempos mais remotos, os sacerdotes, os reis e os profetas eram ungidos
(Êx 29.16; I Sm 9.16; I Rs 19.16). Essa unção servia de confirmação externa da escolha divina, que conferia a eles os seus
respectivos oficios. O título “Messias” foi usado para o Salvador do mundo no AT (Sl 2.2; Dn 9.25,26), e teve seu
cumprimento na pessoa de Jesus no NT, pois Ele é o Ungido de Deus (Lc 2.11,26; 24.26; Jo 4.25,26; At 2.36; 8.5; Rm
1.1; I Co 1.1). Somente Jesus possui a unção tríplice. Ele é: (a) Sacerdote (Hb 2.17; 3.1; 4.14,15; 5.10; 6.20; 7.26; 8.1;
9.11; 10.21); (b) Profeta (Dt 18.15; Lc 24.19; At 3.22-26); e, (c) Rei (Lc 1.33; Jo 18.37; Ap 11.15; 17.14; 19.16).
1.3 A finalidade da unção de Jesus (Lc 4.18,19). “Notem-se os cinco ofícios com que o Espírito Santo habilitou Jesus:
1) Evangelista, “pois me ungiu para evangelizar os pobres”. Uma das marcas mais notáveis da divindade do ministério
de Cristo, em grande contraste a qualquer outra obra no mundo, foi a de evangelizar “a toda criatura”, inclusive aos
pobres e desprezados. 2) Médico, “enviou-me a curar”. Jesus, ao voltar do deserto, iniciou Sua investida tríplice contra o
reino de Satanás (Mt 4.23): O diabo dominava os pensamentos dos homens, Jesus os livrara ensinando. O mesmo inimigo
escravizava os homens, Jesus os libertava pregando o Evangelho. Satanás afligia os corpos e as almas dos homens, Jesus
os curava. 3) Libertador, “a apregoar liberdade aos cativos”. Jesus é o verdadeiro Emancipador, rompendo o poder do
mal sobre a vida dos homens. 4) Iluminador, “dar vista aos cegos”. Sua obra de restaurar vista aos cegos servia como
símbolo de Ele restaurar a visão física e espiritual. 5) Restaurador, “anunciar o ano aceitável do Senhor” (II Co 6.2).
Cristo anunciava a chegada da era de grandes favores dos céus” (BOYER, 2011, p. 61 – acréscimo nosso).
II – MILAGRES DE JESUS REGISTRADOS POR LUCAS
Um fato bastante interessante é que apesar de Lucas ter formação médica (Cl 4.14), o evangelho que leva o seu
nome nos mostra que ele acreditava, no poder de Deus que atuou sobre Cristo para cura de enfermidades (Lc 5.17).
Vejamos os milagres registrados por Lucas:
Nº MILAGRES REFERÊNCIAS
01 Libertação de um endemoninhado em Cafarnaum Lc 4.33-35
02 A cura da sogra de Pedro Lc 4.38,39
03 A pesca maravilhosa Lc 5.1-7
04 A cura de um leproso Lc 5.12,13
05 A cura de um paralítico Lc 5.18-26
06 A cura do homem com a mão ressequida Lc 6.6-10
07 A cura do servo do centurião Lc 7.1-10
08 A ressurreição do filho de uma viúva Lc 7.11-17
09 Acalmou a tempestade Lc 8.22-25
10 A libertação dos gadarenos Lc 8.26-40
11 A cura da filha de Jairo Lc 8.51-56
12 A cura do fluxo de uma mulher Lc 8.43,44
13 A multiplicação de pães e peixes Lc 9.12-17
14 A expulsão de um demônio de um menino Lc 9.38-43
15 A libertação do endemoninhado surdo e mudo Lc 11.14
16 A cura de uma mulher que tinha um espírito de enfermidade Lc 13.11-13
17 A cura de um homem hidrópico Lc 14.1-6
18 A cura de dez leprosos Lc 17.12-14
19 A cura de dois cegos Lc 18.35-43
20 O servo do sumo sacerdote Lc 22.50.51
III – A CONTEMPORANEIDADE DOS MILAGRES DE JESUS
Os milagres de Jesus foram eficientes para provar sua messianidade (Mt 11.1-5; Jo 20.31). Ao curar enfermos,
expulsar demônios e operar maravilhas e grandes sinais, tinha como objetivo maior mostrar o grande amor de Deus pelos
pecadores, que deseja que todos se arrependam e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2.4). É importante
destacar que os milagres continuam ocorrendo em nossos dias (Mc 16.17; Jo 14.12; At 2.39; I Co 12.7-10).
CONCLUSÃO
Sinais, curas e milagres ocuparam parte importante do ministério de Cristo Jesus, como sinal de sua messianidade
e demonstração da sua compaixão pelos pecadores. Este mesmo poder, permanece com a Igreja nos dias de hoje a fim de
que esta se desenvolva espiritualmente e possa conduzir muitas vidas a experiência da salvação.